Regulação

Na última quarta-feira representantes da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio) e da Frente Parlamentar do Biodiesel estiveram reunidos em Brasília para debater propostas para o novo Marco Regulatório do setor. As propostas serão incluídas num documento que será apresentado pela frente à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, na próxima quinta-feira (08 de dezembro).

Entre as propostas apresentadas pela Ubrabio aos deputados da frente parlamentar há sugestões para a ampliação dos projetos de B20 Metropolitano – a ideia de adotar misturas maiores de biodiesel nas frotas de transporte públicos das grandes cidades – e para novos estímulos à produção de oleaginosas pela agricultura familiar especialmente no Norte e Nordeste.

Como era de se esperar, a entidade também defendeu que o governo se comprometa com novos aumentos da mistura obrigatória – maior obsessão do setor no momento. Tanto o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, quanto o presidente da Frente Parlamentar, deputado Jerônimo Goergen, reiteraram a necessidade de continuar avançando com o PNPB e que a indústria nacional teria plena capacidade de atender a demanda bem superior à atual imediatamente. “Temos capacidade instalada que nos permite implementar de imediato a mistura e é essa a meta que estamos buscando”, argumentou Diego Ferrés.

Nada disso surpreende. Há vários meses essa é a linha de argumentação do setor como um todo. O que realmente chama a atenção no comunicado que a Ubrabio distribui à imprensa sobre encontro foi que ele lista entre as propostas da entidade representativa “a ampliação gradativa da mistura para B10”. É um objetivo bem mais modesto do que o B20 até 2020, tecla no qual o setor produtivo vem batendo há um bom tempo.

A BiodieselBR solicitou à Ubrabio a íntegra das sugestões apresentadas, mas a diretoria da entidade decidiu não divulgar.

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Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com

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